Teoria social, narrativa e evolução
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Teoria social, narrativa e evolução

Universidade Estadual de Campinas UNICAMPInstituto de Estudos da Linguagem IELForum de discussão para disciplina de Pós-graduação em Lingüística.


Você não está conectado. Conecte-se ou registre-se

1. Generalidades sobre a primeira sessão. "O problema do sentido"

4 participantes

Ir à página : 1, 2  Seguinte

Ir para baixo  Mensagem [Página 1 de 2]

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Caros,

Neste espaço podem colocar as suas primeiras impressões sobre a temática da sessão e as leituras correspondentes.

Assuntos:

1. Importância da temática para a pesquisa em temas das ciências sociais em geral e em linguística em particular. (novidade? Obviedade?)

2. Aspectos relevantes das leituras e o vídeo para discutir.

3. Perguntas sobre as leituras e o vídeo.

https://tsne.actieforum.com

Luna



Boa tarde a todos, tudo bem? Acabei de me conectar pela primeira vez, não sei se estou no lugar certo para fazer o comentário, mas aqui estou.

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Boa tarde, Luna.
Parece que está tudo certo.

https://tsne.actieforum.com

Joana Gomes



Boa tarde! Primeira vez que me conecto também. Espero que estejam vendo minhas mensagens.

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Boa tarde, Joana.

Está tudo certo.

Luisa desculpo-se pois está em pós-operatório de uma apendicites.

Vocês conhecem a Emerson Santos?

https://tsne.actieforum.com

Emerson



Olá, boa tarde!

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Boa tarde, Emerson!

Bom, sejam bem-vindos.
Vamos testar a experiência do fórum. Eu acho interessante em primeiro lugar, por razões técnicas. As vezes, a internet tem baixa conectividade e dificulta as sessões de Skype. Mas, mais interessante, é possível ter um registro das discussões e voltar a elas.

Bom, em primeiro lugar, gostaria de falar sobre a temática do curso em geral. Eu, como falei, vejo este curso como um experimento bastante pessoal de correlação entre bibliografias vindas de campos disciplinares distintos. Mas, interligadas por uma problemática comum. Interessa-me saber se após o visionado do vídeo e as leituras, se mostra os eixos dessa problemática e como vocês a interpretam.

https://tsne.actieforum.com

Emerson



Professor, por ser de uma área um pouco diferente da Linguística Textual, senti um pouco de dificuldade para relacionar os textos indicados à Sociolinguística. Todavia, acredito que eu possa fazer alguma correlação deles com as narrativas pessoais que os informantes da minha pesquisa compartilharem durante as entrevistas.

Luna



Concordo com o Emerson, consegui pensar em algumas áreas da linguística que entram nesse debate, como a Linguística Textual e a Análise do Discurso, pois na atividade interpretativa é fácil esquecer-se de que muitas das coisas “decifradas” foram inferidas, talvez o exercício de problematizar alguns elementos dados como fatos seja interessante nesse sentido. Mas em relação à sociolinguística, tive mais dificuldade em pensar sobre isso. Como investigar os processos de variação e mudança de uma região específica numa perspectiva mais ampla? O que o Emerson disse sobre as narrativas dos entrevistados é algo que não havia pensado.

Joana Gomes



Tenho alguns questionamentos... a partir deles, formulei o porquê considero as narrativas importantes para a sociolinguística, área em que se concentra minha tese de doutorado.
Podemos dizer que as narrativas são ações realizadas pelo homem no mundo? Se sim, seria algo inerente à sociedade humana?

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Luna, uma primeira curiosidade, nos trabalhos sobre variação e mudança se fazem análises comparativas entre regiões específicas?

Emerson, como são obtidas as narrativas do teu trabalho?

Joana, sim. As narrativas podem ser consideradas como ações no mundo. Mas também, como um certo tipo de competência para realizar ações no mundo

https://tsne.actieforum.com

Luna



Professor, existem trabalhos que fazem comparações entre regiões, acho que o projeto da Joana aborda isso, não? Nesse sentido, trabalhos mais comparativos podem entrar melhor nesse debate?

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Não sei se chegou uma mensagem anterior em que lembrava que o curso foi programado no espaço da sociolinguística, por sugestão da Prof. Anna Bentes. Porém, eu não sou formado na linguística, e não há bibliografia específica desta disciplina no curso. Porém, interessa-me as correlações com o campo disciplinar que vocês possam fazer.

https://tsne.actieforum.com

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Sim, acredito que o trabalho comparativo permite distinguir entre a possível geração de hipóteses sobre competências "cross-cultures" e os outros dados relativos às particularidades regionais.

https://tsne.actieforum.com

Joana Gomes



Ok! A minha pesquisa, assim como a de Luna e Emerson, também é variacionista. Então pensando na narrativa como uma característica psicológica da sociedade humana, podemos percebê-la como importante para as pesquisas sociolinguísticas, já que as entrevistas feitas com o intuito de observa o vernáculo do informante normalmente pauta a entrevista em momentos de narrativas, visto que o informante conta fatos relacionados as suas vivências sociais e culturais. dessa forma eles ficam mais relaxados e os entrevistadores conseguem melhor resultado em suas pesquisas.

Joana Gomes



O meu trabalho aborda isso sim, Luna. Comparo as regiões Sudeste e Nordeste.

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Se o objeto são narrativas, o nossa hipótese é que traços comuns podem ser identificados entre as produções narrativas de cada região. Especialmente, na temática central que é o reconhecimento, avaliação e inferência de comportamentos das personagens dessas narrativas.

https://tsne.actieforum.com

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Ok. Se identifica o vernáculo como o objeto da pesquisa variacionista?

https://tsne.actieforum.com

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Vou pedir um favor para vocês.

Podem me enviar um abstract dos seus projetos nesta semana. Para ter uma melhor compreensão deles.

Agora, gostaria de saber as suas colocações gerais ao redor da aula no vídeo e as leituras.

https://tsne.actieforum.com

Emerson



Ernesto, a minha pesquisa objetiva analisar no que os migrantes baianos se adaptaram linguisticamente na cidade de São Paulo. Isto é, quero saber se alguns traços linguísticos nativos deles sofreram mudanças ao migrarem para essa cidade como, por exemplo, se eles deixaram de falar [róseira], pronúncia comum na Bahia, e passaram a pronunciar [rôseira], pronúncia comum daqui de são Paulo. Para tanto, pretendo selecionar os informantes a partir do método de redes sociais, proposto por Milroy (1987 [1980]) que, em linhas gerais, mapeia as pessoas que mais mantêm contato entre si. Esse mapeamento é feito a partir da seleção de uma pessoa âncora que indicará as pessoas com as quais ele mais dialoga. Os baianos indicados por esse âncora serão entrevistadas e, ao final da entrevista, será feita a pergunta "quais as 10 pessoas com as quais você mais mantém contato". As pessoas indicadas também serão entrevistadas, repetindo o mesmo critério. As entrevistas a serem realizadas seguirão as diretrizes de William Labov que, com o intuito de coletar o vernáculo - a fala mais espontânea possível - sugere que o entrevistador use tópicos através dos quais os entrevistados exponham narrativas pessoais como, por exemplo, a infância, situações de perigo etc.

Luna



No meu caso, o objeto não é exatamente as narrativas, mas não deixa de ser de certa forma, pois eu pretendo observar as variações, e possíveis mudanças, de natureza fonológica na fala de pessoas de diferentes idade por meio de entrevistas (que serão as narrativas). O que será dito nas entrevistas também é importante, pois pretendo compreender quais inferências eles fazem do município e de seus habitantes, o que eles pensam de si mesmos e dos outros que moram ali? Então acredito a questão do sentido que está sendo abordada aqui pode se correlacionar com isso sim. Enviarei o abstract!

Luna



Não sei se o que vou dizer foge muito do tem, mas quando vi o vídeo de Heider and Simmel de 1944 e li os textos, lembrei-me do cinema experimental soviético, em que muitos diretores, como Eisenstein e Lev Kuleshov desenvolveram a técnica da montagem, em que é possível inferir os sentimentos e dos personagens, por exemplo: ao vermos a cena de uma mulher com cara de triste e depois vermos uma cena de um pão, deduziremos que a mulher está com fome. Acredito que os diretores soviéticos sabiam muito bem da capacidade de criar narrativas do ser humano, pois mesmo assistindo a narrativas prontas (filmes), criamos uma narrativa em nossa mente, fazendo inferências sobre o que está acontecendo e sobre os estados mentais dos personagens. Os soviéticos desenvolveram essa técnica para atingir a população, que na época era majoritariamente analfabeta, e então não precisaram utilizar a legenda, já que o cinema era muda ainda. E até hoje essa técnica é utilizada, mesmo com a introdução do som no cinema.

Joana Gomes



O objeto em si é a língua, mas, para o sociolinguista, o vernáculo, quando falamos em trabalhos que são pautados em entrevistas, é o que desejamos. Acho que os trabalhos de Emerson e Luna também.

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Luna,

Imagino que a primeira pergunta a fazer é se é a través das narrativas produzidas que se constroem certas inferências sobre os espaços sociais que eles habitam. Ou se simplesmente, aparecem em construções discursivas comuns.

https://tsne.actieforum.com

(Juan) Ernesto Mora

(Juan) Ernesto Mora
Admin

Joana, isto é, as variações específicas a nível fonológico, sintático ou semântico das expressões segundo uma região ou grupo específico?

https://tsne.actieforum.com

Conteúdo patrocinado



Ir para o topo  Mensagem [Página 1 de 2]

Ir à página : 1, 2  Seguinte

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos